terça-feira, 28 de julho de 2015

Você tem vergonha de assumir sua marmita? Vamos conversar!


Antes do diagnóstico eu tinha uma pontinha de vergonha sim. Eu não sei porque raios as pessoas (ainda hoje) associam marmita a falta de classe, condição socioeconômica ou sei lá qual relação mais preconceituosa que possa existir. 

Como eu vejo essa situação hoje em dia? "Tô nem aí, tô nem aí..."

Às vezes as pessoas nos olham como se pensassem: "ele(a) deve estar com a marmita por ter algum problema!" 

Hein, PROBLEMA?!

Vamos combinar! Problema tem as pessoas preconceituosas, indisciplinadas ou mal educadas. Nós, celíacos, andamos com as nossas marmitinhas, pra lá e pra cá, justamente para não termos problemas. Quem me conhece sabe que a minha é inseparável, não vivo sem. 
E digo mais, enquanto outras pessoas criam problemas se alimentando inadequadamente (principalmente fugindo da dieta que deveriam seguir rigorosamente), a marmita resolve os meus. 
Para a maioria das perguntas que ouço, a resposta é sempre a mesma:
"Como você faz quando vai trabalhar?" 
Resposta: levo minha marmita

"Como você faz para viajar?"
Resposta: levo minhaS marmitaS

"Como você faz para ir a um casamento?"
Resposta: levo minha marmitinha

"Nossa! Mas como você faz quando todo mundo vai em um restaurante que você não pode comer?"
Resposta: "Oras, levo minha marmita!"

E levo mesmo!
Recentemente, meu pai já comemorou aniversário em um restaurante e eu não quis me arriscar. O que eu fiz? Comprei minha torta de frango preferida na Crumble, esquentei em casa e levei para o restaurante. Abri e comi com e como todo mundo. Já levei (e ainda levo) minha marmita para a praia, para o trabalho, restaurantes, lanchonete, viagens (nas fotos de ida para os EUA, lá estou eu segurando a minha marmitinha), zoológico, parque, congresso (ou outros locais onde tem coffee break glutenoso) e festas (casamento já levei umas várias vezes). Quem me acompanha pelo facebook sabe bem disso, sempre posto para onde estou levando minha marmitinha.

Inclusive, até já fiz um post sobre isso; sobre o estilo marmiteira de ser. É imperdível porque tem cada marmitinha fofa. Cliquem aqui para ver!

No final das contas, eu sinto orgulho de seguir a risca minha dieta, ser uma pessoa disciplinada e de bem comigo mesma. O que o outro pensa ou deixa de pensar sobre a minha marmita não faz diferença na minha vida. Afinal, como eu disse...problema tem as pessoas que nos olham torto.
Minha marmita me salva e me faz aproveitar tantos momentos bacanas.
Vejam essa foto!


Para vocês, só o registro de um pôr-do-sol. Mas, eu presenciei esse presente divino e incrível! Foi o cenário do casamento de um casal de amigos. O celíaco que se apega ao fato de não poder comer o que é servido em um casamento perde oportunidades como essa. Aceitar o diagnóstico e não ter vergonha de levar sua própria comidinha nos ajuda a não perder momentos valiosos como esse entre amigos queridos. 

Em 99% das vezes sempre fui bem recebida e atendida, nas minhas necessidades, pelos buffets responsáveis pelas festas. De quebra, sempre sobra curiosidade por parte dos funcionários que fazem perguntas sobre a minha condição ou comentam que também conhecem alguém assim. Ou seja, uma outra ótima oportunidade de plantar a sementinha do conhecimento sobre a doença celíaca e percebermos que não estamos sozinhos nesse mundão de meu Deus.

Eu escolhi não perder um segundo sequer do que a vida tem pra me oferecer mesmo quando ela já me impôs uma restrição alimentar. E você, vai continuar emburrado até quando? Se joga na marmita!

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