quarta-feira, 24 de julho de 2013

Criando filhos celíacos: a história do pequeno Gabriel

"Sempre falo que tenho dois prazeres, um é quando a receita dá certo 
e o outro é quando o Gabriel gosta e dá nota dez. 
E também sempre digo para ele que o problema dele é tão 
pequeno que ninguém nota, que ele tem uma mãe que vai 
sempre fazer coisas gostosas e que um dia ele irá aprender a fazer. 
Nos divertimos muito com isso. Atualmente estou com um projeto pra criar um site de 
vendas de alimentos sem glúten, acho que esse mercado merece 
ampliar cada vez mais, pois o número de celíacos vem crescendo consideravelmente." 



Mais uma história de superação! Parabéns ao pequeno Gabriel e sua mãe, uma verdadeira heroína. 


"Meu nome é Elisete, sou mãe do Gustavo (8 anos) e do Gabriel (6 anos), que é celíaco. Ele foi diagnosticado com doença celíaca quando ele tinha 2 anos. Os sintomas que surgiram eram diarreia e irritabilidade; ele era muito chorão e mau-humorado. Foi difícil porque ele ficava no berçário desde os 5 meses e quando ficava com diarreia eu sempre levava ao pediatra ou hospital. Lá, sempre me falavam que era uma virose. Isso se repetia por várias vezes. Eu não aguentava mais trocar fraldas, cheguei a levá-lo em um hospital muito bom em São Paulo e pedir pra interná-lo para descobrirem o que ele tinha. O hospital se recusou e disse que ele não poderia ser internado porque não estava desidratado. 
Um dia, a enfermeira do berçário me ligou dizendo que ele estava com uma diarréia muito forte e que eu tinha que fazer alguma coisa pra resolver. Deu a entender que eles não queriam mais cuidar do meu filho. Fiquei desesperada e liguei pro pediatra, muito nervosa pedi ajuda e ele me orientou a procurar uma gastro pediatra. Naquele instante consegui marcar uma consulta com urgência e, assim que cheguei na sala da médica, ela perguntou o que ele tinha eu disse que era uma diarreia atrás da outra. Ela questionou se Gabriel era mau-humorado, examinou-o na maca e disse que ele era celíaco, mas que só poderia dar certeza após a biópsia do intestino. Mesmo assim, tentamos um tratamento de alguns meses e ele fez alguns exames, mas não teve melhora.
Após a biópsia foi constatado que ele era celíaco. Na hora, não tive muita reação pois nunca havia ouvido falar nessa doença. Então, ela pediu pra eu entrar no site da Acelbra pra entender melhor. Mas, posso dizer que uma frase que ela disse me marcou profundamente e me deixou assustada: "A doença celíaca não tem cura e ele não poderá comer nunca, nem um pouquinho, alimentos com glúten. O remédio é a dieta 100%  isenta de glúten"
Confesso que fiquei aliviada por ter descoberto o que o meu filho tinha realmente e, em seguida, fui a um supermercado. Na sessão de pães, bolachas, biscoitos, olhei todos os rótulos: "Contém glúten". Saí arrasada do mercado e aí me dei conta dos problemas que iria enfrentar no futuro. 
Em primeiro lugar, avisei a escola e comecei a mandar comida e lanche de casa, limpei os armários e a geladeira, tirando tudo o que tinha glúten. Pesquisei na internet lojas, produtos, depoimentos e senti que a minha vida iria mudar e mudou: o Gabriel passou a ser uma criança muito alegre e bem-humorado. Ele entende que tem regras na alimentação e eu virei a boleira da família, sempre faço o bolo do aniversariante. Adoro descobrir e cozinhar novas receitas sem glúten. Sempre falo que tenho dois prazeres, um é quando a receita dá certo e o outro é quando o Gabriel gosta e dá nota dez. E também sempre digo para ele que o problema dele é tão pequeno que ninguém nota, que ele tem uma mãe que vai sempre fazer coisas gostosas e que um dia ele irá aprender a fazer. Nos divertimos muito com isso. 
Atualmente estou com um projeto pra criar um site de vendas de alimentos sem glúten, acho que esse mercado merece ampliar cada vez mais, pois o número de celíacos vem crescendo consideravelmente. Não é mais uma doença rara, converso com pessoas na rua e elas sempre dizem que tem alguém na família ou amigo que é celíaco.
Deixo uma frase para as mães das crianças ou pessoas que acabaram de descobrir que são celíacas : VIVER SEM GLÚTEN É VIVER COM SAÚDE!
Um grande abraço e espero ajudar um pouquinho com a minha experiência. Estou a sua disposição!"



História da mãe Elisete (37 anos) com o filho Gabriel (6 anos), diagnosticado há 4 anos, moradores da cidade de São Paulo-SP.


E você? Não quer dividir sua história conosco?
Envie um email para semglutenporfavor@gmail.com

Mil beijocas

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