sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

O Natal chegou



Queridos, não posso viajar sem antes passar aqui e deixar os meus sinceros votos e agradecimento.
Em 2012, dei início a uma nova fase de minha vida, na qual eu decidi compartilhar um pouquinho de minha vida com vocês. Foi extremamente gratificante tê-los como leitores e, principalmente, como companheiros.

Muito obrigada por participarem e, principalmente, pelas mensagens de incentivo.

E, diante de pessoas tão especiais, não poderia ter outro desejo senão o de que vocês tenham um ótimo Natal e Ano Novo. 
Continuaremos juntos ano que vem, em busca de mais delícias sem glúten e mais alegria. 

Contem sempre comigo.

Muito grata e até logo (apesar das minhas férias, obviamente não quero férias do blog e de vocês...)

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Receita de hoje: bolo de banana com fubá



Ficaram com água na boca? Esse bolo fica maravilhoso.
Tudo começou com uma ligação do meu namorado dizendo que estava testando uma substituição para fazer uma receita pra mim. Fiquei empolgadíssima, pois nunca imaginaria que seria um bolo de banana.
Ele fez o teste e serviu para uns amigos provarem. Eles adoraram e ele fez para mim, de surpresa.

Alerta: a receita original leva MUITO açúcar. Mas, uma colega testou a receita, diminuindo a quantidade de açúcar e de óleo. Eu ainda não testei mas, a próxima vez que fizer, testarei. As novas quantidades estão entre parênteses, abaixo.


Mãos a obra:

- 5 bananas nanicas
- 1 xícara de óleo (pode ser feita com 1/2 xícara de óleo)
- 2 xícaras de fubá
- 3 xícaras de açúcar (pode ser feita com 2 xícaras de açúcar)
- 1 colher de sopa de fermento
- 3 ovos
- 1 colher de sopa rasa de canela em pó

Pré-aqueça o forno.
Bata as bananas, o óleo e 1 xícara açúcar no liquidificador. Em seguida, bata as claras em neve e reserve.
Bata as gemas com as 2 xícaras de açúcar até virar uma massa homogênea. Acrescente a mistura que foi batida no liquidificador (banana, óleo e açúcar). Adicione o fubá aos poucos e, em seguida,  a canela.
Com uma colher, misture as claras e o fermento.
Unte uma forma com óleo, açúcar e canela e coloque a massa para assar, em forno médio, por aproximadamente 30 minutos. 
Vá observando até que ele fique assado.

Como na foto acima, untei a forma com açúcar orgânico. Por isso, toda essa casquinha em cima do bolo é açúcar. Huuuummm...

Quem gostou, compartilha com a família, amigos, namorados e namoradas.


Editado dia 23.07.2013

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Criando filhos celíacos: a segunda página desse capítulo


Vamos continuar a nossa viagem por esse tema, que acredito ser do interesse de muitas pessoas. No outro capítulo, iniciamos o assunto e deixei como dicas, jogos e um livro específico relacionados a vida da criança sem glúten. 

Hoje, falaremos sobre como lidar com a família e dicas muito bacanas para lidar com o seu filho celíaco e outros filhos, explicando a real situação. 

É fato, não importa a idade que seu filho tenha, simplesmente chegou o momento da família conversar. E quando digo família, são todas as pessoas que de alguma maneira, direta ou indireta, cuidam da criança. Lembram quando falei da atitude positiva dos pais com relação a dieta? Pois bem, isso deve ser passado para todas as pessoas da família, porque não adiantará os pais terem um atitude bastante positiva e a avó, responsável pelos cuidados da criança, manter atitudes negativas. Certamente isso afetará o posicionamento da criança com relação ao seu próprio diagnóstico. 
Independente da família toda optar por viver sem glúten, só o fato de um membro da família ter o diagnóstico, acaba afetando a todos.  
Sabemos que para a tal conversa, dificilmente os pais conseguirão reunir a família em um dia e horário específicos. Portanto, lembrem-se, não é em um único dia que todos farão a "digestão do diagnóstico", compreenderão todas as orientações e aceitarão tranquilos. Essa discussão deverá ser contínua e poderá ter duração de meses e até anos. 
E denovo, batendo na mesma e mais importante tecla: a maneira como você transmitir a situação provavelmente será a maneira com que os outros vão encará-la. Prestem atenção nisso, pois é bastante importante. A conversa deve ser em clima de alto astral, otimismo, leveza e bastante interativa. Desta forma, você estará sendo um exemplo bastante forte e uma inspiração incrível para seu filho. 

Nos momentos de conversa com a família sobre a dieta e a condição de seu filho, tenha em mente que ele pode estar com as anteninhas ligadas, ou seja, ele pode prestar atenção em cada uma das palavras que disser. Portanto, cuidado com as palavras e a maneira com que fala, tudo bem? 
Reclamações, culpa, sentimento de pena entre outras atitudes, podem levar a criança a se sentir vítima da situação, um peso para a família e até mesmo culpa por achar que os pais estão sofrendo por causa dela. Não é para você se calar e nunca mais dividir com alguém o que vem sentindo, aliás, você deve fazer isso, pois é bastante terapêutico. Só certifique-se de que sua criança não está antenada. 

"E então, como conversar com o meu filho?"
Certamente isso dependerá da maturidade, capacidade e idade que seu filho tiver. Mas imagina-se que você vai querer explicar  o que é o diagnóstico, o porque que ele não poderá mais comer alimentos "glutenosos" e o que ele poderá comer, apesar de tudo. Mas, vá com calma! Não vá "vomitar" em cima de seu filho tudo isso. Paciência! Seu filho pode não entender tudo de uma vez. Não espere que ele corra para os armários e jogue tudo fora, dizendo que adorou a ideia de viver sem o glúten. Claro que isso seria um sonho, não é? Voltemos para a realidade para que você não se frustre. 
Mas então, quando temos um problema que envolve uma criança, qual a melhor atitude a ser tomada? Transformá-lo em algo bom, em algo positivo, em risadas e momentos gostosos. Ouvi de uma psicóloga, que trabalha com pais e crianças, uma frase muito marcante: "Os problemas são dos adultos e não das crianças. Elas merecem brincar, dar risada e não arcar com as consequências do sofrimento dos pais."
É ou não é verdade? Então, não devemos focar os problemas e sim, os benefícios. A dica é começar retomando alguns sintomas e o quanto é ruim senti-los, mas que daqui para frente, ele se sentirá muito melhor sem o glúten. Algo como isso poderá ser dito: "Querido, você se lembra de como doía a sua barriguinha? Agora você não se sentirá mais assim. Você vai se sentir cada dia melhor."
Os exemplos são ótimos para as crianças, pois assim conseguem compreender melhor. Explique que o glúten está presente em muitos alimentados consumidos por ela até então, como os pães, bolachas e bolos e, imediatamente, diga a ela quais alimentos gostosos não contém glúten e assim, pode comer. Não vale dizer para a criança que ela não pode comer aqueles salgadinhos deliciosos que ela sempre pôde mas que ela pode comer aquele brócolis. Assim é totalmente injusto, não é? 

Com o passar dos dias, em dieta restrita de glúten, sua criança se sentirá melhor, com certeza. Lembre-se de destacar para ele o quanto está se sentindo melhor, graças as comidinhas sem glúten que ele vem comendo. 
Outra dica super importante é:

Clique na foto para visualizá-la em tamanho maior

Desta forma, quando sua criança quiser comer algum alimento proibido, alguma frase como: "Meu amor, você não pode comer esse pacote de bolachas, mas a mamãe comprou esse chocolate sem glúten." Ou seja, você estará oferecendo uma alternativa justa, tão gostosa quanto aquelas bolachas, e automaticamente reforçando que ele pode comê-las por ser sem glúten e recompensando-o. Afinal, quem não se sentiria recompensado com uma barra de chocolate, não é?
É claro que você não vai encher sua criança de guloseimas não saudáveis a cada vez que ele seguir a dieta, senão você pode arrumar um outro problema. Recompensa não significa algo material. Ela pode ser sim algum alimento gostoso, mas também pode ser um passeio, uma brincadeira, deixar a criança assistir TV meia hora a mais, enfim, são negociações. Negocie com o seu filho e mostre que ele não está perdendo em seguir a dieta!
Quanto mais seu filho estiver entendendo sua condição e compreendendo a relação entre ingestão do glúten e sintomas, maiores as chances dele não burlar a dieta, mesmo quando você não estiver por perto. 
Certamente, haverá situações em que você não estará por perto e desesperada por imaginar que seu filho pode burlar a dieta, por vontade de comer determinado alimento ou simplesmente porque não sabe explicar que não pode comê-lo quando alguém oferecer a ele alguma coisa com glúten.
Por isso, o diálogo é fundamental, pois através dele você perceberá o que o seu filho entendeu, o que ainda está obscuro, se ele está aceitando ou não sua condição e se já é capaz de ficar sozinho em alguns momentos.

Converse com sua família e seu filho. Não finja que nada está acontecendo. 




Enquanto isso, divirtam-se com esses materiais disponíveis no Espaço Infantil, da Acelbra/RJ:

- cartilha da Emília sobre doença celíaca (pode ser usado em sala de aula)
- história em quadrinhos da Mônica sobre doença celíaca
- receitinhas para crianças

Beijos e abraços para todas as mamães, papais e crianças guerreiros

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Editado dia 14.01.2015

Clique aqui para ler o primeiro capítulo!

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Criando filhos celíacos: a história do pequeno Rafael


"Pelo fato dele ter desde muito pequeno 
sido orientado a comer alimentos sem glúten, então ele mesmo 
quando vai comer qualquer coisa "diferente" pergunta: 
'Mamãe isto tem glúten?' Se digo sim, ele já entende e não insiste. 
Mesmo com toda compreensão dele não é fácil, é uma atenção e preocupação 
diária com o que ele vai comer, também para não 
se sentir excluído na escola, na festa de aniversário." 


Cada dia mais me convenço de que essas crianças e pais são super heróis. A cada depoimento, uma história emocionante com um início de muito sofrimento e um final feliz. É exatamente isso que quero proporcionar a vocês...uma visão positiva. Mais do que isso, quero provar que quando eu escrevi no primeiro post sobre o tema (veja aqui), "Calma, tudo vai ficar bem!", eu sabia o que estava escrevendo...de fato, todos ficarão bem. 
Essa história, contada pela Luciana*, mãe do Rafael*, é atípica pelo fato de os pais dele serem pediatras e logo terem identificado os sintomas e realizado o diagnóstico. Leio e ouço muitos relatos de pessoas, não médicas, que identificam os sintomas e os profissionais não acreditam nelas. Sempre digo que é válido insistir na busca pelo diagnóstico, mesmo que seja para saber que você não tem a doença celíaca e que aquilo tudo era coisa da sua cabeça. O médico não acredita, acha que é bobagem e que você não tem nada disso (como li um comentário aqui no blog esses dias), não se aflija, troque de profissional. Vá em busca de uma segunda opinião. Nem tudo o que você sente é coisa da sua cabeça. E afirmo porque eu mesma passei por isso. 

Então, vamos para mais um depoimento?
Nesta história, os próprios pais diagnosticaram seu filho. Fiquei pensando em como foi isso para eles, mas de qualquer forma, muito bacana a forma como a Luciana ensinou o Rafael a lidar com a alimentação restrita. Parabéns aos pais dele e a ele também, por ter os médicos que mais o amam. 
Muito obrigada pela participação de vocês. Eternamente grata!

"Sou mãe de Rafael, meu segundo filho, atualmente com 4 anos. Quando ele tinha 2 anos e 7 meses, eu e meu esposo (nós dois somos médicos pediatras) notamos que ele já não vinha com ganho de peso há pelo menos oito meses, estava emagrecido, com a barriguinha distendida, as perninhas finas e a noite nunca queria se alimentar e apresentava uma irritação além do habitual. Então, realizamos uma variedade de exames para avaliá-lo, sendo que nestes exames estavam a avaliação para doença celíaca. Os exames demoraram 1 mês para chegar e quando vimos os exames que avaliavam o diagnóstico da doença celíaca estavam muito alterados. No início, foi muito difícil lidarmos com esta limitação alimentar, e o mais difícil foi encontrar alimentos sem glúten que ele gostasse. Tive que explicar a todos tios, tias, avós, avôs, irmã, babá, além dos professores na escola, o que era a alergia ao glúten, pois muitos acham que isto vai ser passageiro e que só um pouquinho não faz mal. Porém, sempre estou muito atenta.  Achar alimentos sem glúten que ele goste foi um pouco difícil, hoje já encontrei uma receita de pizza, de bolo, de macarrão e de biscoito que ele goste, e o chocolate que ele mais gostou.
Na escola, ele sempre leva o lanche dele e até mesmo nas comemorações da escola em que todos compartilham os alimentos eu sempre reforço com todos que ele deve comer só o dele, ou então vejo se será servido algum alimento sem glúten e digo a professora o que ele pode e não pode comer. Quando vamos fazer algum lanche ou refeição fora de casa sempre preparo o que ele quer em casa e levo apenas um complemento, pois fico muito desconfiada porque alimentos com glúten podem "contaminar" outros alimentos sem glúten pelo simples fato de serem preparados no mesmo refratário. 
Pelo fato dele ter desde muito pequeno sido orientado a comer alimentos sem glúten, então ele mesmo quando vai comer qualquer coisa "diferente" ele pergunta: 'Mamãe isto tem glúten?'. Se digo sim, ele já entende e não insiste. Mesmo com toda compreensão dele não é fácil, é uma atenção e preocupação 
diária com o que ele vai comer, também para não se sentir excluído na escola, na festa de aniversário.
Mas tenho que agradecer pois conseguimos dar o diagnóstico muito cedo, o que normalmente não acontece com a maioria das pessoas. Apesar de ser uma doença com uma incidência elevada, não há muita divulgação sobre seus sintomas e seu diagnóstico.
Acho que foi um depoimento muito longo, né? Fique a vontade para colocar o que você achar mais pertinente.
Abraços, Luciana e Rafael. Boa sorte com seu blog."

História da mãe Luciana (34 anos) com o filho Rafael (4 anos), diagnosticado há 2 anos, moradores da cidade de Campina Grande-PB.


*A pedido, foram dados nomes fictícios a mãe e filho, para preservar suas identidades.


Mais uma história bacana, não é? Viram como as crianças são adaptáveis? Nós, adultos, é que complicamos!

Beijocas e até a próxima

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