quarta-feira, 27 de junho de 2012

Vídeo: a atriz Isis Valverde conta como lida com a doença celíaca


Acredito que em algum momento, aqui no blog, já tenha falado de alguns famosos que vivem sem o glúten. 
Muitos vêem essas pessoas como exemplos a serem seguidos e eu, além disso, vejo-as como alguém que compartilha a sua história, como em um grupo de apoio. Com várias diferenças, é claro!
Então, a partir de hoje vou postar alguns vídeos que eu considero bem bacanas para vocês assistirem e que tenham a ver com o nosso tema: vida sem glúten, sem lactose...e afins.

Neste vídeo, a atriz Isis Valverde conta como lida com a doença celíaca, sintomas que ela apresentava, entre outras coisas interessantes. E mais: ela comenta, indiretamente, sobre a contaminação cruzada. Confiram:



Não estou dizendo que o vídeo todo é bom...gostei da parte em que ela fala da dificuldade que encontramos em alguns momentos. Já a parte que o tal do Luiz Fernando fala, discordo de algumas coisas, pois muitos estudos já provaram o contrário do que ele fala. Não sei qual a especialidade dele para que possamos dar credibilidade ao que ele afirma. Então gente, vamos aproveitar o que o vídeo tem de bom.

E nada disso: celíaco não passa fome...passa se quiser ou não estiver preparado para lidar com a situação. 

A única parte ruim do vídeo é quando começa a aparecer pão francês! Ô saudade, não é?

segunda-feira, 25 de junho de 2012

É tempo de festa junina




Voltei de SP bastante inspirada para falar de festa junina sem glúten...e talvez, sem lactose. Daqui a pouco, sinto que terei que alterar o nome do blog para Sem glúten e sem lactose, por favor! Mas isso fica pra depois...vamos falar sobre a festa junina.

Antes de viajar, eu já estava pensando em um post sobre o assunto e como domingo eu fui em uma, organizada por uma amiga, voltei com muita vontade de pensar nas delícias que podemos comer e claro, compartilhar com vocês. 
Eu SEMPRE fui apaixonada por esta festa... é a minha preferida, de todo o ano. Toda vez que podia ir em uma, lá estava eu em alguma barraquinha, comendo. Até debaixo de chuva eu já fui...tudo para garantir uma boquinha.
Quando descobri a doença celíaca, fiquei chateada porque vamos combinar, festa junina é puro glúten: bolos, pães, farinha de trigo para engrossar e outros alimentos super glutenosos. 
Eis que domingo, dia de São João, eu fui, pela primeira vez, a uma festa junina na condição de celíaca. E foi tudo uma delícia. A Lé, quem organizou tudo, foi muito querida e fez questão de comprar delicinhas sem glúten pra mim. E eu e meu namorado não deixamos de dar a nossa contribuição: bolo de fubá com calda de framboesa. Um espetáculo!
Mas antes de passar a receita, vamos pensar sobre o que pode ser servido em uma festa junina sem glúten?

Biscoito de polvilho
O quitute coringa para celíacos, não é? 
Há um tempo eu estava procurando um que também não contenha lactose. Quando eu achei, aqui em Ribeirão Preto, fiquei um pouco frustrada porque ele é diferente dos outros, a textura não é igual. Mas fiquei tranquila...afinal, melhor esse do que nenhum, não é? Como estive em SP, dei uma passadinha no Santa Luzia. Lá, encontrei um biscoito de polvilho sem lactose, super baratinho e delicioso. É da marca Nazinha. Tratei de logo enviar um email pedindo a informação sobre a possibilidade de encontrá-lo por aqui. Caso a resposta seja positiva, compartilho com vocês.

Biscoito de polvilho sem glúten e sem lactose (super incomum). A maioria contém lactose.

Pipoca
Não pode faltar, de jeito nenhum e é super liberada para intolerantes a glúten e lactose. Dê preferência para as tradicionais (sem manteiga, bacon e afins), com menos gordura e menos sal. Se for a uma festa junina pública, confirmar se não vai nenhum tipo de tempero que possa conter glúten, ok?

Milho cozido e pinhão
Também, super liberados. E cozinhar e se deliciar. Se for a uma festa junina pública, confirmar se não vai nenhum tipo de tempero que possa conter glúten, ok? Caso disponibilizem alguma margarina, verificar também se não há possibilidade de contaminação cruzada por migalhas de pão.
(Que saudades do Pinhão da tia Lilian!)

Pamonha
Lembrando sempre: certifique-se de que a que você está comprando é isenta do nosso abominável glúten.

Canjica
Amo canjica. O grande problema da canjica é que a receita original vai leite...e muito! Tente a substituição dele pelo leite de soja ou pelo leite de vaca zero lactose. Retirado de um site que traz receitas sem glúten e sem lactose (não lembro qual o site, se alguém souber, por favor me avise para eu dar os devidos créditos), consegui esta. Ainda não testei mas quero provar. E se você testar, conta pra gente o resultado.

Ingredientes:

250 gr canjica branca

750 ml leite de soja de sua preferência (usei Ades Original)

3 colh. (sopa) açúcar cristal

400 ml água

1 pitadinha de sal

paus de canela a gosto

200 ml (1 vidro ou caixinha) de leite de coco

50 gr de coco ralado


Preparo
Lavar a canjica e deixar de molho por algumas horas. Escorra e cozinhe na panela de pressão por 45 min com metade do leite, mais o açúcar e a água. Desligue o fogo e espere esfriar para abrir a panela. Acrescente o restante do leite, o sal, o leite de coco e o coco ralado. Misture bem e leve ao fogo novamente até engrossar. Na hora de servir, polvilhe com canela.

Parece muito boa, não é?

Quentão e vinho quente
Os famosos por esquentar todo mundo, já que nesta época é muito frio. Então, não deixe de servi-los. Cachaça não é para ter glúten, mas não custa ler o rótulo. E o vinho, pode ser consumido com segurança. Quer dizer, sem exageros, claro!

Cocada e doce de abóbora
Mais duas delícias imperdíveis. Não podem faltar. Verifiquem os ingredientes!

Pé de moleque e paçoquinha
Como 99% ribeirãopretana, sugiro o pé de moleque e a Paçoquita, ambos da Santa Helena
Muuuuuuita paçoquita para termos bastante energia para a quadrilha.

Que delícia! Paçoquita é nota 10 e 100%  ribeirãopretana!

Suspiro
Sem glúten, sem lactose mas com muito açúcar. Eu sei! Mas gente, eu não sou nutricionista, né? Então, não vou pegar no pé de ninguém...não devemos exagerar, mas é tempo de festa junina e suspiro é bão demais da conta.

Pão
Com ele, pode-se fazer duas receitas deliciosas: patê de atum, simples e rápido de se fazer e o famoso buraco quente (carne, tomate e temperos). Se não der para colocá-lo no buraco do pão (porque a maioria dos pães tem a forma do pão de forma), coloque em cima mesmo. Vai ficar tão delicioso quanto. E não se esqueçam, pão sem glúten tem que ser levado ao forno para ficar mais gostoso.

Bolos
Haja estômago para tantas coisas boas, não é? E aqui vale bolo de cenoura, de chocolate, de fubá e o que mais quiser. 
Como eu mencionei o bolo de fubá com calda de framboesa no início do post, vou revelar a vocês a receita. A calda de framboesa foi ideia do meu namorado. A combinação ficou perfeita! 
E é sem glúten e sem lactose!
Vamos para a cozinha?

Você vai precisar de:
- 2 ovos
- 1 xícara de amido de milho (maisena)
- 1 xícara de fubá
- 1 xícara e meia de açúcar
- 4 colheres de chá de fermento em pó
- 1 xícara de água
- 4 colheres de sobremesa de margarina (para ficar sem lactose, usar a Becel do potinho azul!)
- Erva doce
- Framboesa (que pode ser substituída por morangos ou goiabada). Nós compramos a framboesa congelada.

No liquidificador, bata os ovos, o açúcar, a água e a margarina. Depois, acrescente o amido de milho e o fubá. Bata mais. Adicione o fermento em pó e a erva doce e bata a mão. 
Unte uma forma (com buraco no meio) com um pouco de óleo e fubá. 
Em forno pré-aquecido, e em temperatura a 180 graus, asse o bolo por aproximadamente 40 minutos (cada fogão é de um jeito. Então, assim que completar 30 minutos, vá conferindo como está o bolo, espetando um palito de dente).

Para a calda, coloque em uma panela as framboesas (ou morangos), açúcar e um pouco de água. Mexa até engrossar e ficar em ponto de calda. Se preferirem pela goiabada, derreta pequenos pedaços dela em um pouco de água, em fogo baixo. É só jogar em cima e se deliciar!

Querem ver como ficou?




Ufa! Quantas delícias!
Agora, minha gente, o negócio é "matá as lumbriga, arrumá uma prenda, dançá a quadrilha e sê feliz, porque nessa vida nóis num faiz otra coisa a num sê buscá a felicidade!"

Inté procêis

---------------------------------------------
Editado dia 01.06.2014

Para facilitar, selecionei algumas receitinhas disponíveis aqui no blog que podem fazer parte da festança. Confiram!

- Torta de alho poró
- Torta de alho poró com sobras de pão
- Bolo de chocolate com calda quente
- Bolo de cenoura com fubá
- Bolo de banana com fubá
- Bolo de banana com farinha de pão
- Biscoitinhos com goiabada

E tem muitas outras! Não deixem de conferir, ok?


terça-feira, 19 de junho de 2012

Recebendo um celíaco em casa: o que servir?


Uma amiga muito querida, a Má, leu uma reportagem e disse que na hora lembrou de mim e deste cantinho. Lá, era questionado: o que servir para um amigo (a) celíaco ou para amigos que possuam filhos nesta condição?

Eu AMO cozinhar em casa. Troco a refeição de um restaurante (por melhor que seja) por uma reunião com amigos em casa. E isso, é claro, inclui comida, não é?!
Meu namorado ama cozinhar e aprendi a gostar disso com ele. Claro que não cozinho tão bem quanto ele, mas arrisco. 

Ao receber um amigo celíaco em casa, você tem duas opções:
- Cozinhar tudo sem glúten, para todos 
- Cozinhar um prato somente para ele

O importante é que escolhendo qualquer uma das situações, você tenha consciência sobre a contaminação cruzada. Ela é a grande vilã da nossa saúde, como celíacos.
(Clique aqui para saber mais sobre isso!)

Na condição de celíaca, eu diria que pra mim tanto faz. Já na condição de anfitriã, eu preferiria cozinhar tudo sem glúten. Afinal, é ótimo experimentarmos coisas diferentes e não é tão difícil assim cozinhar sem glúten (aliás, é mais fácil do que se imagina!).

Certifique-se de que sua visita é celíaca e não intolerante a lactose também. É muito comum nós sermos intolerantes a lactose também, em menor ou maior grau, variando de pessoa para pessoa. E lembre-se: leia o rótulo de tudo o que servir...senão, sua visita pode não sair mais do banheiro e isso seria um tanto quanto desconfortável. Confie mais em produtos que são produzidos somente em indústrias que façam alimentos sem glúten, pois embora seja lei conter na embalagem se contém ou não glúten, sabemos da falta de conhecimento e de obediência a lei que nos protege. Muitas industrias colocam na embalagem que o produto não contém glúten por não ter um ingrediente como a farinha de trigo, por exemplo, mas se esquecem de que a produção compartilhada pode fazer com que hajam vestígios (traços) de glúten. Por isso, a intenção deste post é oferecer algumas sugestões lembrando sempre da contaminação cruzada, tá?!
E lembre-se: esse blog tem muuuuuuuuuuuuitas receitinhas aqui do lado direito. Todas foram testadas e aprovadas!

Café da manhã e da tarde


O café da manhã, na minha opinião, é a refeição mais difícil para um celíaco. É neste horário que todos os pães, bolos, tortas e salgados aparecem. Mas o mundo oferece infinitas opções e nós, celíacos, podemos ter um café da manhã perfeitamente delicioso e saudável. Pode-se servir:
- Panquecas sem glúten 
    Receitinha rápida: 1 copo (250 ml) de maisena, 1 ovo, 1 copo (250 ml) de leite           de baixa lactose e sal a gosto. Bata todos os ingredientes no liquidificador. Para medir a quantidade da massa a ser levada ao fogo, use um pires. Em uma panela teflonada, coloque 1 pires de massa, deixe um pouco e vire dos dois lados para não queimar (aproximadamente 2 minutos de cada lado, dependendo da potência do fogão). 
- Pamonha de milho verde 
- Pães sem glúten (encontrados facilmente em loja de produtos naturais. Se forem congelados, fica mais gostoso se forem aquecidos antes de serem servidos)
- Pão de queijo (Forno de Minas não contém glúten e é facilmente encontrado em supermercados comuns)
- Bolos sem glúten (aqui no blog tem mais de 15 receitinhas)
- Ovos mexidos 
- Frutas a vontade
- Iogurte (adoro as marcas LacFree e Verde Campo, pois além de serem sem lactose são seguras com relação ao glúten)
- Leite (se a visita for intolerante a lactose, sirva um leite zero lactose; hoje existem várias marcas no mercado)
- Sucos naturais (se o seu liquidificador já bateu farinha de trigo ou qualquer outra coisa com glúten, o melhor é não bater o suco que o celíaco vai consumir nesse mesmo liquidificador; sendo assim sirva um industrializado que é mais seguro)
- Margarina (sem migalhas de pão)
- Requeijão (sem migalhas de pão)
- Geléias de frutas (sem migalhas de pão)
- Mel
- Biscoito de polvilho (não compre biscoitos produzidos em padarias, certamente estarão contaminados)
- Chás (se não me engano algumas marcas sofrem contaminação cruzada na fabricação e vem com a embalagem escrito "contém glúten")
- Granola sem glúten 
- Frios (peito de peru, presunto, queijos; gosto dos da marca Sadia, pois confio na rotulagem)
- Chocolate em pó para usar com o leite (da marca Nestlé e Garoto). 
- Gelatinas

Almoço e jantar

- Salada a vontade (desde que não contenha trigo, hein!? Tabule, por exemplo, nem pensar!). Ah! E não se esqueça, nada de croutons também 

- Carnes grelhadas, assadas ou  cozidas. Podem ser temperadas com  sal, alho, cebola, azeite, ervas, vinhos, mostarda (verifiquem o rótulo), shoyo (verifiquem o rótulo, pois algumas marcas contém glúten), mel, laranja, limão, além de outras delícias. Se optar por algum caldo de carne, galinha, costela e afins, verifique o rótulo, pois algumas marcas contém glúten. Para quaisquer temperos prontos e industrializados, consulte o rótulo. E nada de cerveja para temperar. Costumo dizer que ela é glúten líquido
- Arroz branco, integral e risotos (jamais sirva aqueles arroz tipo 7 grãos)
- Peixes assados
- Para as crianças, espetinhos são uma excelente dica: tomate, cebola e batata intercalados com cubos de frango ficam uma delícia
- Purês de batata, mandioquinha e cenoura. Lembre-se: nada de usar farinha de trigo para engrossá-los. Caso precise fazer isso, faça uso do amido de milho
- Se optar por massas, não se esqueça: massas de arroz, milho ou quinua
- Yakissoba, feito com Bifum
- Se optar por empanados e filés a parmegiana, empane com farinhas seguras

Bebidas

Não sirva uísque, cerveja (a não ser que você decida servir a cerveja sem glúten, gim e vodca destilada de grãos. Água, sucos naturais (desde que você se lembre da questão do liquidificador citada acima), refrigerantes, saquê, champagne e vinhos podem ser consumidos com segurança.


Sobremesas

- Frutas a vontade

- Doces de compota (figo, abóbora, doce de leite, entre outros)
- Brigadeiro com chocolate em pó sem glúten
- Sorvetes sem glúten com banana flambada ou calda de chocolate (tem receitinha aqui no blog, do lado direito). A Kibon é campeã em sorvetes sem glúten. 
Com tanta receita de sobremesa aqui no blog, impossível não ter uma que agrade!

--------------------------------------------------------------

UFA! E vocês ainda acham que não é possível ser feliz com tantas gostosuras sem glúten e sem lactose?
E tendo dito esta semana: hoje em dia só passa fome o celíaco que quer, pois há substituição para tudo! Xô preguiça! Simbora pra cozinha experimentar algo novo!

Espero que tenham gostado das dicas!

Mil beijocas

Fonte: Panelinha, Acelbra - RJ

domingo, 17 de junho de 2012

Dica de produto: coxinha de frango da Sabor de Saúde

Coxinha de Frango assada, da Sabor de Saúde


A dica de hoje é DELICIOSA!
Quem aqui não gosta de uma coxinha que atire a primeira pedra.

Eu sempre fui apaixonada por ela e quando descobri a doença celíaca, imaginei que nunca mais poderia comer. Foi aí que meu super namorado descobriu que eu poderia sim.

recomendei a vocês a padaria Sabor de Saúde, em São Paulo. Uma padaria que produz maravilhas sem leite e sem glúten; perfeita para nós! Foi lá mesmo que encontrei delícias como essa. 
A coxinha de frango é isenta de glúten, leite, soja, açúcar, ovo e fermento. E ainda, é assada. 
Visitando a Sabor de Saúde, conheci pessoas maravilhosas e simpáticas. Não tem como não ficar fã e cliente. Saí de lá com a mão cheia e claro, um sorriso no rosto, com a certeza de que cada dia mais nós, celíacos, podemos comer de TUDO.

Chegando lá, pode-se comer o salgado na hora (direto da estufa, que o mantém quentinho) ou levar congelado para a casa, em embalagem com 4 unidades. Meu espírito de gordinha me sugeriu comer uma na hora e trazer congelada para a casa. Tudo o que eu pude fazer é obedecer.

Minha única sugestão é que a Sabor de Saúde poderia fazê-las em tamanho maior, pois são muito pequenininhas. De resto, nota 10..ou melhor, nota 1000! 
Parabéns a toda a equipe, por fazerem tantas delícias com dedicação, amor e carinho.

Para quem quiser conhecer a Sabor de Saúde, aqui vai o endereço:
Avenida Fagundes Filho, 936 (pertinho do metrô São Judas) - Vila Monte Alegre - São Paulo
Telefone: 011 28720500
Para conhecer a página do facebook, clique aqui!

Ah! Eles também possuem um site muito bacana. 

Muito agradecida e feliz, 
Beijocas

sexta-feira, 15 de junho de 2012

Receita de hoje: estrogonofe de carne com creme de soja



Como alguns já sabem, sou intolerante a lactose também. Um post só sobre esse assunto vai ser preparado. Aguardem!

Enquanto isso, não posso esconder o ouro, não é mesmo?
Resolvi dividir com vocês uma receita deliciosa. A original é com creme de leite e por conta própria, fiz a substituição com o creme de soja. O primeiro dia em que fiz, meu namorado amou. Porém, eu achei que não estava bom o suficiente. 
Na segunda tentativa, minha mãe me ajudou e estávamos fazendo tudo bem escondidinho para o meu pai não ver. Ele é bem seletivo com comidas e ficamos receosas de falar que o tal estrogonofe seria feito com creme de soja (até eu torcia o nariz para tudo que fosse de soja). Então, combinamos de fazer, deixar que ele comesse e só depois falar. O resultado? Ele repetiu o prato, disse que gostou e que estava muito mais leve do que o feito com creme de leite.

Chega de bla bla bla e vamos a receita:

- 500g de filé mignon em cubos
- 1 cebola média picada em pedacinhos
- 300 ml de molho de tomate (e aqui vai uma SUPER dica: no supermercado encontrei um molho de tomate da Pomarola, chamado Lévia. Ele contém menos sódio e é menos ácido. Ele é um pouco mais caro do que os comuns mas vale muito a pena.)
- 2 colheres de catchup
- 1 caixinha de creme de soja (eu só conheço o da marca Batavo, linha Naturis)
- 1 colher de mostarda
- Margarina ou manteiga (eu uso margarina mesmo - Becel, que é sem lactose)

Em uma panela, derreta uma colher e meia de margarina e refogue a cebola. Para que a carne não fique dura, reserve a cebola refogada e coloque a carne na panela. Já um pouco cozida, coloque o sal na carne e, em seguida, acrescente a cebola refogada.
Adicione o molho de tomate, o catchup e a mostarda. Mexa e deixe cozinhar por alguns minutinhos (aproximadamente 5 minutos). 
Desligue o fogo e acrescente o creme de soja. Mexa e experimente se está bom de sal (como o creme de soja é um pouco adocicado, talvez seja necessário acrescentar mais sal). Tampe a panela e deixe alguns minutos mais cozinhando. Dessa forma, o creme de soja incorpora mais o gostinho dos outros ingredientes e então a soja não ficará com sabor acentuado. É um truque que aprendi com a prática.
Para dar um toque especial, acrescente noz moscada (moída, é claro!). Sirva com arroz branco e batata palha.

O resultado está na foto acima...uma delícia!

Gostaram? Então dê um "curtir" aqui embaixo e repasse para os amigos.

Em breve, também vou colocar outra receita de estrogonofe sem creme de leite. Fiquem ligados!

Até mais

terça-feira, 12 de junho de 2012

O que você deve saber resumidamente sobre a doença celíaca: alergia, sensibilidade ao glúten e doença celíaca


Ebaaaaa...dia dos namorados, que delícia! Parabéns a todos os apaixonados...somos privilegiados em poder ter esse sentimento tão puro e delicioso! 
Sem o meu namorado, meu eterno Edu, não seria possível criar este blog, tampouco chegar até aqui tão feliz. Obrigada por todo seu apoio...Por fazer questão de comer comigo todas as minhas comidinhas, por tentar me convencer que pão de queijo é melhor do que uma coxinha e por criar e fazer receitas deliciosas, sem glúten! 

Também quero fazer um agradecimento, de coração, a Cacau Show pela publicação do post anterior na timeline deles, no facebook. Eles foram super atenciosos, publicaram e consequentemente, a informação chegou a mais pessoas! Fiquei muito feliz e grata.

Confiram a publicação na foto abaixo ou aqui!


Clique na foto para visualizá-la em tamanho maior

Feito o agradecimento, vamos ao assunto do post de hoje. Confesso que eu mesma ainda hoje tenho certa dificuldade de entender completamente esse assunto. Mas, vamos lá! 
Antes de iniciar este papo, reproduzi uma figura do livro Vivendo sem Glúten (que recomendo a todos!):

Figura retirada do livro Vivendo sem Glúten (pág. 26)

Ter sensibilidade ao glúten significa ter uma sensibilidade física a ele e  defini-la não é uma tarefa fácil, visto que ela se apresenta de diversas formas.
Esta figura acima nos mostra que a sensibilidade ao glúten está dentro de um espectro que vai da alergia até a doença. 
O trigo é um dos agentes alergênicos mais comuns, afetando milhões de pessoas. Uma pessoa que possui alergia ao alimento que contêm glúten é como uma pessoa que possui alergia a quaisquer outros alimentos, como por exemplo, mariscos. Todas estas alergias são respostas a um agente alergênico presente na comida e as reações variam de pessoa para pessoa. Os sintomas mais observados nas alergias alimentares são de ordem respiratória (tosse, congestionamento nasal, espirros, fechamento da garganta e até mesmo asma), porém podem ocorrer outros sintomas, como os digestivos, a pele e o sistema cardiovascular.
O que acontece, nas alergias, é que o organismo, ao receber a comida com o agente alergênico, trata-o como um invasor estranho. Desta forma, é o sistema imunológico que entra em ação. Os alimentos frequentemente envolvidos nas alergias alimentares são os que apresentam alto teor de proteína, principalmente de origem vegetal e marinha, sendo eles: milho, centeio, arroz, nozes, camarão, mariscos, peru, carne de porco e bovina, banana, abóbora e batata. Muitas pessoas chegam a apresentar choque anafilático., podendo ser fatal, a menos que a pessoa receba uma injeção de epinefrina. 
Já na sensibilidade ou intolerância, a pessoa deve evitar o alimento ao qual o organismo não reage bem. Vejam, ela deve evitar...não é obrigada a. Os sintomas são muito parecidos com os de um celíaco. Então, pode ser que estas pessoas têm doença celíaca? Talvez! É exatamente aqui que as coisas ficam confusas. 
Dois pontos devem ser levados em consideração:

- Algumas pessoas diagnosticadas apenas com sensibilidade possuem doença celíaca. Isso significa que seus exames foram realizados ou interpretados de forma inadequada;
- E algumas pessoas podem não ter a doença e podem nunca vir a manifestá-la, mas têm sensibilidade ao glúten e apresentam melhora com uma dieta livre de glúten.

Na intolerância as reações são causadas pelos alimentos, porém não envolve o sistema imunológico. Conservantes, intensificadores de sabor, corantes, antioxidantes e ausência de enzimas são as substâncias mais relacionadas.
Já a doença celíaca, para conhecê-la melhor, confira o post já publicado.

Em uma entrevista, O Dr. Alessio Fasano, investigador principal de um estudo lançado pela Universidade de Maryland School of Medicine, relatou não acreditar que uma pessoa pode saltar de uma condição para a outra, pois, segundo ele, a doença celíaca, a sensibilidade e a alergia são baseadas em mecanismos muito diferentes. No entanto, relata que se um paciente apresenta sintomas parecidos com os da doença celíaca e os exames são negativos, ele pode apresentar sensibilidade ao glúten, sem sombra de dúvidas. 

Uma questão já levantada aqui no blog com relação a digestão do glúten, também é apontada pelo médico investigador: nós, seres humanos, somos capazes de digerir completamente todas as proteínas ingeridas, exceto uma. Adivinhem qual? O glúten. Ele completa dizendo que não possuímos todas as enzimas para digeri-lo inteiramente. Assim, os peptídeos não digeridos tornam-se prejudiciais. 
Ao ser questionado sobre o "boom" de problemas de saúde com o glúten, o médico enfatiza que antigamente o trigo continha quantidades baixas de glúten e era colhido uma vez por ano. Hoje em dia, temos nossos grãos com maior elasticidade e então, mais suscetíveis ao aumento do glúten neles. Segundo ele, nós estamos mudando nosso ambiente mais rápido do que o nosso corpo pode se adaptar. Achei esta frase INCRÍVEL!
Leiam dez mil vezes porque ela serve para uma série de acontecimentos atuais. Vou destacá-la porque achei extremamente importante essa relação entre o ambiente e o nosso corpo.

"Nós estamos mudando nosso ambiente mais rápido do que o nosso corpo pode se adaptar." (Dr. Alessio Fasano)


Outra dica que o médico nos deixa é uma que também já foi escrita aqui: não tente uma dieta isenta de glúten antes de ir a um médico. O diagnóstico tem que ser excluído antes do início da dieta. Ele ressalta que não é contra uma dieta sem glúten, pois isso não é fácil. Sua sugestão é que se você anda sofrendo com os sintomas que tornam a vida amarga e você já investigou todas as causas possíveis, incluindo a doença celíaca, você pode se beneficiar com a dieta. Um exemplo muito claro disso é o grande tenista Novak Djokovic. Sensível ao glúten, o tenista, ao excluir o glúten da dieta apresentou resistência, concentração e energia aumentadas. Portanto, nada de pânico! Não tente esconder de si próprio que você pode ter uma sensibilidade ao glúten ou até mesmo a doença celíaca. Isso só vai piorar os seus sintomas e consequentemente, sua vida.

Uma outra coisa que eu achei simplesmente fantástico na entrevista é quando questionado a respeito da sensibilidade ao glúten ocupar o lugar onde a doença celíaca estava há 30 anos atrás, o médico diz que os pacientes, como de costume, foram visionários, dizendo aos médicos que este material existia, porém os profissionais de saúde estavam céticos. Ou seja, é aquilo que eu já escrevi em outras ocasiões, nada e nem ninguém conhece você melhor do que você mesmo. Há muito profissionais não capacitados para diagnosticar a sensibilidade ao glúten ou doença celíaca. Se você percebeu isso, não insista em continuar com o médico. Mude de profissional; busque outra opinião.

Afinal, como suspeitar de que tenho sensibilidade ao glúten ou doença celíaca, já que os sintomas são bem parecidos? 
Se seus exames derem positivos para a doença celíaca, então é isso que você tem. Porém, se seu exame der negativo, mas seus sintomas desaparecerem com uma dieta sem glúten, provavelmente você tem algum tipo de sensibilidade ao glúten. Isso porque ainda não existe um exame para diagnosticar a sensibilidade ao glúten.
E é exatamente com esta questão que surge uma grande dificuldade: infelizmente, como tudo ainda é muito novo e há pouca conscientização e conhecimento a respeito da sensibilidade e doença, os pacientes geralmente são orientados a ignorar os resultados de exames inconclusivos e voltar a consumir glúten.

Médicos também falham e isso é natural. Nem tudo é psicológico e mesmo que o que você está sentindo seja de ordem psicológica, não deixe pra lá. Cuide-se! Ninguém está no mundo para ser infeliz...todos nós nascemos para ser felizes!

Obs: Para conferir o estudo realizado pelo Dr. Alessio Fasano, clique aqui.


Beijocas e até mais

Ah! E eu continuo achando coxinha (sem glúten, é claro!) bem mais gostoso do que pão de queijo!

Fonte: Vivendo sem glúten (livro); Acelbra-RJ


quinta-feira, 7 de junho de 2012

Dica de produto: chocolate sem glúten e sem lactose da Cacau Show

Que feriadinho mais chuvoso!

Estou no litoral e antes mesmo de vir já sabia que corro grandes riscos de me tornar um sapo. Se não pela quantidade de água, pelo tanto que como quando não se tem nada para fazer, além de dormir.

Como eu já comentei algumas vezes aqui, é bastante comum que os celíacos também apresentem intolerância a lactose. Haverá um post só sobre isso. Não deixem de acompanhar!

A minha não foi comprovada por exames. Fiz o famoso teste terapêutico: um período consumindo produtos que contém lactose e  um período sem. Apresentei uma super melhora sem a tal lactose. O que eu sinto quando consumo? Distensão abdominal, gases e se em grandes quantidades, náusea. Então, eu não deixo de comer; eu como mas não abuso. O próprio nutrólogo retirou a lactose da minha dieta. Consigo obter o cálcio de outras formas e aprendi a controlar o quanto posso consumir de lactose.

O que mais me deixa frustrada, com relação a lactose, é o chocolate e o requeijão. Eu AMO os dois mas quando consumo mais do que "um pouquinho" já não me sinto 100%.

Foi por conta disso que um dia, passeando no shopping, resolvi entrar na Cacau Show. Lá, encontrei um chocolate meio amargo sem glúten e sem lactose. Torci o nariz mas decidi comprar para experimentar. Uma das coisas que me motivou foi poder compartilhar com vocês o que eu achei dele.

Resultado: I´m in love! É delicioso e me salvou de qualquer mal estar! Eu adoro chocolate meio amargo e ele até faz bem à saúde (confiram aqui uma matéria sobre isso). Então, não hesito em comer um pedacinho quando tenho vontade.

O preço não é uma pechincha, mas eu garanto, vale a pena. Podem comprar de olhos fechados!
E com esse friozinho, chocolate cai muuuuuito bem. Delícia!




Cacau Show, MUITO obrigada por transformar as nossa vidas! Nota 10!

Ótimo feriado a todos
Beijocas

terça-feira, 5 de junho de 2012

O que você deve saber resumidamente sobre a doença celíaca: contaminação cruzada


Uma notícia BASTANTE animadora é que com poucos dias de dieta, já senti uma super melhora dos meus sintomas. 

Por conta do próprio diagnóstico, certamente meu intestino estava todo enfraquecido e machucado. Por isso, também segui um tratamento medicamentoso, orientado pela minha médica, com o objetivo de ajudar a recuperar os danos causados. Vejam, não há remédio que cure a doença celíaca . Com a dieta (único tratamento existente, por enquanto) e as medicações, eu melhoraria em breve. Tive algumas recaídas depois de uns dias de tratamento, mas li que isso pode ser normal, devido ao processo de cura das lesões, que pode levar de 6 meses, 1 ano ou mais. Costumo dizer que é como um processo de desintoxicação do organismo. Não adianta, tem que ter paciência e seguir tudo bem direitinho.



Enquanto você vai aprendendo umas coisas aqui e outras ali por conta própria, as pessoas também vão ajudando com aquilo que sabem. 
Todos sabem (deveriam saber ou vão aprender agora) que no supermercado comum encontramos poucas opções para nos alimentarmos, principalmente no café da manhã e lanchinhos entre as refeições. 
A padaria do bairro? Esqueça! Além de não ter absolutamente nada para comermos, quando tiver, devemos desconfiar. 
Mas calma! Não vamos entrar em desespero. E se alguém entrar, continue lendo acompanhando o blog. Eu prometo tentar ajudá-los a serem felizes, como eu sou.

E então, voltemos a questão: quer dizer que além de minha alimentação ser restrita, tenho que ser paranóica? 
Claro que não! Eu não diria paranóica mas sim, bastante cuidadosa. Estamos falando da nossa saúde, de um diagnóstico que afeta todo o nosso organismo. Caso sejamos levianos, as consequências podem ser terríveis. 
Lembram que comentei que quando fui diagnosticada eu achava que minha médica estava maluca e visitei outros médicos? Um deles é um médico lá da Unifesp, chefe do ambulatório que cuida de pacientes com doença celíaca. Uma das perguntas que ele me fez foi: você anda comendo em restaurante?
Eu, pobre mortal, morando sozinha em São Paulo e tendo uma hora de almoço, respondi que sim. Porém, enfatizei que eu tinha um super cuidado em perguntar TUDO para o pessoal do restaurante; com certeza eu não estava consumindo nada com glúten. 
Bem, isso era o que eu achava.

Ele me explicou que restaurantes podem oferecer para nós refeições com resquícios de glúten. Em resumo, podemos comer glúten sem saber. Embora muitos acreditem que isso é frescura, entendam e façam com que elas entendam também...NÃO É!


A Codex Alimentarius (uma comissão criada em 1963, pela Organização Mundial da Saúde para desenvolver normas e diretrizes alimentares) determinou, em 2008, que todos os produtos com menos de 20 ppm (partes por milhão - ou seja, 20 miligramas) de glúten podem conter a inscrição "não contém glúten". O Brasil segue esta comissão mas infelizmente, a nossa realidade é bem diferente daquela na qual empresas respeitam as leis e possuem conhecimento sobre os prejuízos para a nossa saúde. 


Todos os produtos que lemos "contém glúten" podem necessariamente não conter, porém pode haver risco de contaminação cruzada, em alguma parte do processo industrial. Por exemplo, o achocolatado de nome Nescau não contém glúten na fórmula, mas como ele é embalado em máquinas em que produtos com glúten também são, a Nestlé precisa indicar que contém. 


Acreditem! Há pessoas que passam mal ingerindo alimentos com menos de 15 ppm de glúten. Viram só?! Está bem longe de ser frescura. Em outros países, a lei garante a inscrição "não contém glúten" para os produtos com menos de 10 ppm. Ou seja, são bem mais seguros.  

E como pode acontecer a contaminação cruzada? De infinitas formas. A Acelbra-RJ recomenda que se tenha os seguintes cuidados:


- Óleo usado para fritar empanados com farinha de rosca contendo glúten: geralmente é isso que acontece em barzinhos e restaurantes. Onde são fritos empanados, são fritos alimentos que originalmente não contém glúten. Então, se no cardápio você observou que o restaurante serve bolinhos e salgadinhos, jamais peça batata frita.

(Eu já tive a infelicidade de comer duas - vejam, apenas duas  - batatinhas do Mc Donald´s. O arrependimento foi enorme. Certamente não estavam livres de contaminação cruzada);
- Não asse ao mesmo tempo, no forno, alimentos com e sem glúten e, sempre que possível, cubra o alimento sem glúten com alumínio;
- Não compartilhe torradeiras, margarina, manteiga, geléias e requeijão. Pequenas migalhas de pão com glúten contaminam os alimentos;
- Lave bem os potes plásticos, talheres e outros utensílios. Passar apenas um pano não elimina pequenas partículas de glúten;
- O pó de café pode conter cevada. Tome cuidado ao tomá-lo fora de casa;
- Balas e caramelos podem ser envoltos em farinha de trigo para não grudarem na embalagem. Esse tipo de informação não consta no rótulo;
- Pessoas muito sensíveis ao glúten não devem permanecer em ambientes onde são manipuladas farinhas proibidas, pois as partículas no ar podem provocar lesões na pele (pessoas com diagnóstico de dermatite herpetiforme sofrem com essas partículas e tudo que tenha contato com a pele, como cosméticos, por exemplo;
- Não coma pão de queijo ou qualquer outro produto fabricado em padarias, pois são ambientes altamente contaminados com farinha de trigo;
- Ao comer em um restaurante, dê preferência para pratos sem molhos, como saladas, grelhados e arroz. Porém, certifique-se com o chef de cozinha, gerente ou garçom se a carne servida não é temperada com temperos prontos (como sazón e alguns caldos) ou ainda levam amaciantes. Também, vale a pena se certificar de que seu grelhado não será preparado em chapas e panelas onde são preparados alimentos com glúten, lembre-se sempre de ser cuidadoso com a sua saúde;
- Quando for comer comida japonesa, esteja atento ao molho shoyo. Algumas marcas contém glúten. Não coma kani, pois pode conter glúten e também certifique-se do uso compartilhado da faca que corta os empanados, como o hot roll, por exemplo;
- Leve na bolsa ou bolso algum alimento de emergência (barra de cereal, fruta, suco em caixinha). Assim você evitará passar fome fora de casa;
- Ao frequentar festas de pessoas pouco íntimas ou cerimoniosas, faça uma refeição antes de sair de casa; se não houver problemas, marmite sem vergonha disso; denovo: é a sua saúde;
- No caso das crianças celíacas, converse antes com quem vai dar a festa para saber sobre o cardápio. Caso seja possível, dê sugestões como pipoca e gelatina. Se não, alimente a criança antes da festa. Ou ainda, uma dica minha é: prepare uma "lancheirinha" com salgadinhos e docinhos sem glúten;
- Cuidado com o brigadeiro! Leite condensado não contém glúten, porém o chocolate em pó usado pode conter. Outros docinhos podem levar farinha de trigo para engrossar. Fique atento ao granulado também;
- Luvas cirúrgicas, usadas por médicos e dentistas, podem conter farinha de trigo;
- Se surgirem dúvidas com relação a determinado alimento, ligue para o SAC do mesmo;
- A hóstia, utilizada na igreja católica, contém glúten, pois é feita de farinha de trigo. O celíaco não pode comungar com hóstia. Desta forma, peça a seu médico ou nutricionista para elaborar um laudo contendo a informação e solicitando a comunhão através da ingestão do vinho; algumas pessoas conseguem encontrar hóstias sem glúten, informe-se antes de consumir
- Medicamentos sob a forma de comprimidos pode conter glúten e isso deve vir sinalizado na embalagem; na dúvida entre em contato com o fabricante;
- Não ofereça ao celíaco "somente a carne" do hamburger, "somente o queijo" da pizza ou "só os legumes e carnes" de uma sopa feita com macarrão que contém glúten - a contaminação com o glúten já ocorreu;
- Bolos feitos em casa sem glúten: as formas também devem ser untadas e polvilhadas com farinha sem glúten (maisena, fubá, ou creme de arroz);
- Nos restaurantes, sempre questione quais os ingredientes foram adicionados ao prato. Ninguém melhor do que você para saber se ele contém ou não glúten; 
- Ração de cães, gatos e peixes podem conter glúten. Cães e gatos costumam lamber seus pelos e podem contaminar toda a casa com glúten - muitas vezes as crianças esquecem de lavar as mãos depois de brincarem com seus animais ou depois de alimentá-los. Troque por marcas que não contém glúten, evitando maiores problemas;
- Preste atenção nos produtos de higiene e de beleza - muitos contem proteínas de trigo, aveia e centeio. Leia o rótulo de shampoos, sabonetes, condicionadores, cremes hidratantes e também de produtos de maquiagem, principalmente os batons e brilhos labiais. Ainda não é consenso entre os profissionais de saúde se o celíaco deve evitar esses produtos, mas como todos eles podem entrar em contato com nossas mucosas (olhos, boca, anus, aparelho genital), a maioria das associações de celíacos pelo mundo recomenda que não se use. Aqui está disponível uma lista dos principais nomes de ingredientes que contém glúten e são encontrados nos produtos de higiene e beleza;
- Esteja atenta a pasta de dente/creme dental utilizada;
- Cuidado com beijos na boca: se a outra pessoa ingeriu glúten e ainda não pôde escovar os dentes, evite o beijo. É mais seguro e evita contaminação, pois os resíduos de glúten se depositam entre os dentes, língua e bochechas. 


Isso pode parecer frescura mas não é. O grau de sensibilidade pode variar de celíaco para celíaco. Portanto, as orientações são gerais e devem ser seguidas. Todo o cuidado é pouco e necessário!
Não é porque o celíaco não tem sintomas que ele pode não estar se contaminando. Na dúvida, não coma ou marmite, tá?!

Tenha cuidado e seja feliz! Isso é totalmente possível!





Fonte: Raquel Benati (site da Acelbra -RJ); Acelbra-RJ.

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...